domingo, 2 de dezembro de 2012

Rodrigo Gral emociona-se ao falar da despedida do Estádio Olímpico

Neste domingo um dos principais estádios de futebol do Brasil receberá sua partida de despedida. O Olímpico Monumental, casa do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, inaugurado em 1954, terá o clássico Grenal, válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro 2012, como derradeiro espetáculo. Palco de diversas vitórias, títulos festejados, torcedores chorando, sorrindo, vibrando, enfim, as dependências do lar tricolor também abrigaram milhares de jogadores das divisões inferiores ao longo dos anos. Um deles foi Rodrigo Gral, o maior artilheiro da história gremista nas categorias de base com 172 gols. Com emoção, o atleta falou sobre o ‘Velho Casarão’.

“Fico emocionado em recordar tudo que passei no Grêmio. Foi onde tudo começou. Seu Abílio dos Reis me levou pela mão até o portão do Monumental e me deixou lá, caminhei em direção ao pórtico, pelo Largo dos Campeões. Foram quatro anos morando nas dependências do estádio, embaixo das cadeiras, onde havia o alojamento para a gurizada da base. Todos os dias eu acordava e olhava aquele gramado lindo, sempre bem cuidado e sonhava um dia jogar como profissional lá dentro. Agradeço demais ao clube que me projetou para o mundo do futebol. Não fosse pelo Grêmio, talvez eu nem tivesse realizado meu sonho de ser jogador. Muito obrigado Imortal pelos maravilhosos oito anos que joguei neste palco. Para sempre o Olímpico Monumental terá um lugar cativo no meu coração”, emociona-se.

Um dos gols que Rodrigo Gral sempre salienta na sua carreira ocorreu justamente no local onde a partir deste domingo, 19h, não mais verá partidas de futebol. O ano era 1997 e pelas oitavas de final da Libertadores da América o Grêmio enfrentava o Guarani, do Paraguai. Na partida de ida derrota por 2 a 1. O resultado de 1 a 0 favorável aos gaúchos estava mantido até os 45 minutos da etapa complementar. No entanto, num vacilo defensivo o adversário empatou o jogo. O Olímpico calou-se espantado. Quem conta mais é Gral.

“Nos olhamos sem entender aquele resultado. Demos o centro e logo em seguida perdemos a bola. Nossa defesa recuperou e a jogada começou lá atrás com o recuo para o Danrlei. Ele abriu na esquerda para o Roger que fez um lançamento de mais de 50 metros. O Marcos Paulo desviou e a bola bateu no Paulo Nunes que quando foi dominar deixou para mim que entrei rápido, dei dois toques nela e desviei do goleiro. Foi emocionante demais. Depois nos classificamos nos pênaltis, lembro bem”, conta Gral com um sorriso no rosto.

Ao longo das temporadas no Estádio Olímpico, o catarinense de Chapecó, que começou a defender as cores gremistas em 1994, conquistou diversos títulos no Monumental. Fica a lembrança na alma.

“Não tem como esquecer os melhores momentos que passei lá dentro. As lágrimas escorrem, não tem como ser diferente. Meu adeus ao Olímpico Monumental, do fundo da alma. Obrigado Grêmio”, finalizou. 

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