Foto: Carlos Insaurriaga/GEB |
O último Gauchão
Se a história do Brasil é marcada por títulos, sucessos e glórias, há um trecho que entristece os torcedores Xavantes e só é revivida em homenagem a três guerreiros rubro-negros. A última participação do Brasil no Gauchão foi marcada pelo trágico acidente que vitimou três integrantes da delegação vermelha e preta: Milar, Régis e Giovani. Em uma noite do dia 15 de janeiro de 2009, há exatos cinco anos, eles perderam a vida em um acidente, ainda na pré-temporada da equipe. Além da fatalidade, outros atletas e membros da comissão técnica ficaram afastados da disputa. Mas mesmo na hora difícil, o Brasil mostrou o porque carrega no seu hino as palavras sangue e raça. Com uma incrível mobilização do clube e, principalmente, com o apoio incondicional do torcedor, o Xavante montou um elenco às pressas e não fugiu da peleia: foi para a disputa do Gauchão 2009. Com jogos em um intervalo de dois dias, sem entrosamento e com as mínimas condições físicas, os atletas até tentaram o sucesso, mas não conseguiram evitar o rebaixamento da equipe para a segunda divisão do futebol gaúcho.
Os anos sem sucesso
Após um triste primeiro semestre de 2009, o Brasil buscou forças para reerguer-se. Se os anos vindouros não foram de sucesso, a história logo seria modificada. Na Divisão de Acesso de 2010 a equipe não conseguiu nem se classificar para a segunda fase da competição. Já na edição de 2011, ano do centenário do clube, o grupo passou à fase seguinte, mas acabou sendo eliminada. Mas 2012 chegaria e a história começava a ganhar novos ares. Embora não tenha conseguido o acesso, classificou-se a segunda fase da competição. Mas não foi a posição na tabela que marcou o ano rubro-negro, 2012 trouxe uma particularidade: Após as primeiras partidas da segunda etapa, onde a equipe não havia somado nenhum ponto, uma nova comissão técnica foi contratada. E junto, os ares foram renovados. Rogério Zimmermann, identificado com a Maior e Mais Fiel, voltou a comandar a equipe Xavante, revertendo as derrotas, e ainda quase levando o time às finais da disputa, o que não foi possível por combinações de resultados dos outros adversários.
Base mantida, sucesso garantido
De forma acertada, a direção do clube manteve a comissão técnica. E, naquele mesmo ano, a continuidade do trabalho resultou em um vice-campeonato da Copa Hélio Dourado, o que desencadeou uma disputa inédita do Xavante na Copa do Brasil, enfrentando o vice-campeão da competição e sensação do futebol brasileiro no ano, o Atlético-PR.
E como diz o ditado “time que está ganhando, não se mexe”, as águas seguiram rolando no embalo no Bento Freitas. O ano de 2013 começou com a manutenção do comando de Rogério Zimmermann e de grande parte do elenco de jogadores, mantendo a base forte da equipe. E com uma campanha arrasadora – maior numero de vitórias, menor número de derrotas, mais gols marcados, menos gols sofridos, melhor campanha geral, finalista do primeiro turno, vencedor do segundo turno, e claro, campeão da competição – o Brasil conquistou pela quarta vez na história o título da Série A2 do Gauchão, o que colocou novamente o rubro-negro entre os grandes do estado.
E agora, há cinco anos longe da elite do futebol dos pampas o Brasil firma de vez sua força no futebol do Rio Grande do Sul. Unindo todo o poder da Maior e Mais Fiel nas arquibancadas, fator que sempre foi e sempre será fundamental para qualquer embate dos rubro-negros dentro de campo onde quer que seja, o Xavante enfrenta todas as dificuldades, externa e internamente das quatro linhas, para realizar um grande campeonato. E como já é de ciência de todos, a Xavantada vai estar ao lado do time de guerreiros para encarar qualquer problema, como diz as palavras do hino Xavante: Avante com todo esquadrão, torcida do nosso campeão. Então, marque na sua agenda: domingo (19) às 18h, vamos lotar a Baixada para este jogo histórico.
Carlos Insaurriaga
Assessoria de Imprensa GE Brasil
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