O preparo físico da equipe profissional do Cerâmica vem recebendo elogios a cada nova partida realizada. Sejam torcedores ou profissionais da área, entusiastas ou críticos, todos têm notado que o Cerâmica passou a ter mais energia em campo. O fôlego da equipe tricolor conseguiu surpreender até mesmo os jornalistas que participaram da cobertura da partida entre Cerâmica e Sapucaiense no último final de semana.
Todo este falatório, contudo, poderia ser descartado facilmente se ele não estivesse ancorado em algo sólido: números. E de acordo com o fisiologista do Cerâmica, Felipe Linck, os números do Cerâmica não param de melhorar.
Um dos responsáveis pela ciência do esporte do clube, Felipe afirma que a progressão nos estudos sobre o desempenho dos jogadores, que vem sendo realizada por ele e pelos preparadores Felipe Harzheim e Paulo Vinhola, já começa a dar resultados. Quem acompanhou alguma das partidas amistosas do CAC nesta preparação para a Copa RS, pode notar que alguns jogadores usavam um relógio dentro de campo. Este relógio nada mais é do que um GPS.
“Este tipo de relógio já é usado em grandes clubes, que, baseados na velocidade atingida pelo atleta na partida, estabelecem patamares mínimos, médios e máximos de velocidade e distância a serem atingidos por eles”, explica Felipe. É através desta medição, por exemplo, que Felipe consegue afirmar que o lateral Neguete conseguiu atingir a média de 24 km/h durante a partida contra a equipe principal do Inter no dia 7 de julho.
E é através de médias também, que Felipe consegue dizer que, embora o desempenho de Neguete tenha sido acima dos padrões do clube, ele ainda está abaixo de padrões atingidos, por exemplo, em um jogo de Copa do Mundo. “Nossos padrões só vem crescendo, mas sabemos que temos que correr muito ainda para chegar a um nível de Mundial, no qual um jogador mexicano atingiu a velocidade de 31 km/h”, salienta Felipe.
Todas estas medições causam impacto também no Departamento Médico do clube, segundo o fisioterapeuta Robson Cavalheiro, que diz estar feliz com o rendimento do trabalho dos colegas. “Quanto maior controle da fisiologia sobre o desempenho dos atletas, menor é o trabalho de recuperação no Departamento Médico (DM) do clube, já que uma preparação mais bem planejada acarreta um desenvolvimento melhor dos jogadores dentro de campo”, esclarece Robson.
Todo este esforço, segundo o fisiologista e o fisioterapeuta, serve a um único propósito, que é deixar os atletas em condições ideais para entrarem em campo. “Melhor desempenho em campo significa menos lesões”, finaliza Robson, que aponta o DM do clube vazio como um bom exemplo para a melhoria no rendimento dos atletas.
Leandro Domingos - Comunicação Cerâmica Atlético Clube
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