Brasil perde por 2 a 1
para o Flamengo, mas faz uma grande partida e garante o jogo
da volta, em uma noite de festa no Bento Freitas
FOTO: Italo Santos / GEB |
Depois de trinta
anos, Brasil e Flamengo voltaram a protagonizar uma partida
histórica no Bento Freitas. Assim como em 85, teve o pipoqueiro
na frente do estádio, o ambulantes nas arquibancadas, o grito
firme da Maior e Mais Fiel e muito, mais muito, bom futebol
durante os 90 minutos. A partida, realizada na noite desta
quarta (25), desta vez, foi válida pela Copa do Brasil.
Enfrentando todas as dificuldades de ter jogadores suspensos e
um time da grandeza do Flamengo, o Brasil correu, voou, andou
mais rápido que a luz e preparou o estádio para receber este
grande evento. Já o time do técnico Rogério Zimmermann jogou
como sempre: com hombridade, garra e muito empenho. O resultado
foi um 2 a 1 para os visitantes, mas o gol Xavante, feito aos 47
minutos do segundo tempo, deu um sabor de vitória aos
rubro-negros. Pelo menos foi o que ecoou nas arquibancadas.
Antes de a bola
rolar, os preparativos para a partida moveram Pelotas. A cidade
respirou, durante as últimas semanas, este grande duelo. A
justificativa é mais do que reviver o confronto de 1985. É
viver, no presente, o bom momento Xavante. Momento de
competições nacionais. A torcida acabara de lotar as
arquibancadas do Bento Freitas quando o craque Bira, um dos
autores do gol em 85, recebeu uma bonita homenagem.
Já com a redonda
rolando, o Brasil não se apequenou e fez uma partida
espetacular. Logo no primeiro minuto, Rafael Forster, em falta
frontal, chutou sobre o gol de Paulo Victor. Aos 4, depois de
cobrança lateral, Nena cabeceou para fora. Aos 8, Leandro Leite
lançou Felipe Garcia, que girou sobre a zaga e bateu sem perigo
à meta flamenguista. Somente
aos 10 minutos, o Flamengo levou perigo, quando Marcelo Cirino
cruzou rasteiro para Alecsandro, que desviou para o gol, mas a
zaga chegou antes dela entrar.
Aos 13, Wender
cobrou falta e Paulo Victor fez boa defesa. Três minutos depois,
novamente Wender. Desta vez ele cobrou escanteio e o goleiro
flamenguista voou para, em dois lances, ficar com a bola. Rafael
Forster, aos 18, em falta frontal, mandou para fora. Aos 28,
depois de uma bonita troca de passes, Felipe Garcia chutou para
fora.
Aos 29, uma
infelicidade. Depois de um cruzamento para a área, Ricardo
Bierhals tentou recuar para Eduardo Martini. Alecsandro,
atacante flamenguista, correu bastante e chegou antes do goleiro
Xavante, abrindo o placar para os cariocas. No último lance do
primeiro tempo, Felipe Garcia deixou Nena na frente do gol, mas
o artilheiro rubro-negro mandou a bola por cima.
Na segunda etapa,
o primeiro lance de perigo foi aos 8 minutos, quando Wender
cruzou e Nena cabeceou para fora. Aos 13, Rafael Forster cobrou
escanteio e Felipe Garcia, na segunda trave, cabeceou firme,
para o chão, como manda os manuais. Mas Paulo Victor ficou com a
bola. O Brasil seguiu firme na partida e buscando o empate. Mas
aos 30 minutos, Pará acertou um lindo chute de fora da área e
colocou a bola no canto esquerdo de Martini. Flamengo 2 a 0.
O gol poderia ser
uma pá de cal no Brasil. O placar eliminaria o jogo de volta e
consequentemente o time vermelho e preto da competição. Mas o
Xavante jamais se entrega. Feito um leão bravo, um gladiador
forte, um índio guerreiro, o time do técnico Rogério Zimmermann
tirou forças sobrenaturais das arquibancadas que, como sempre,
ecoava um som apaixonante. A certeza era uma: o Brasil estava
peleando e como diz o ditado, não ta morto quem peleia.
Aos 36, Cleiton,
voltando a jogar depois de vários meses de recuperação de uma
cirurgia no joelho, cruzou e a bola passou por Nena. O
artilheiro ainda tentou desviar, mas a zaga flamenguista
conseguiu afastar. Um minuto depois, novamente ele: Cleiton. O
Índio, apelido dado ao atleta, fez uma grande defesa e cruzou
para Washington. O meia, dentro da área, tentou descontar, mas
Paulo Victor fez uma defesa espetacular.
Cleiton voltou a
jogar futebol como havia parado: deitando e rolando. Aos 42, ele
lançou Felipe Garcia, a zaga cortou, mas a bola ficou para Diogo
Oliveira que driblou o marcador e bateu para boa defesa de Paulo
Victor.
Mas, depois de uma
partida tão boa do time rubro-negro, ser eliminado seria uma
injustiça. E ela não
aconteceu. Em falta pela direita de ataque, Rafael Forster
ajeitou com carinho, respirou fundo e cobrou na cabeça de Nena,
que na segunda trave, subiu alto e cabeceou para o fundo das
redes. Alegria da Maior e Mais Fiel. Muita festa nas
arquibancadas. O gol decretou o 2 a 1 no placar e mais: garantiu
o jogo da volta no Maracanã. A Copa do Brasil ainda está viva no
calendário Xavante.
Antes de voltar a
pensar na competição nacional, o Brasil volta suas atenções para
o certame estadual. Na próxima terça (3), às 20h30, enfrenta o
Ypiranga, no Bento Freitas. O jogo é válido pela primeira fase
do Gauchão 2015.
Ficha técnica - Brasil 1 x 2 Flamengo
Data: 25 de fevereiro de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Vinícius Furlan-SP
Assistentes: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa-SP e Carlos Augusto Nogueira Junior-SP
Cartões amarelos: Nena e Galiardo (Brasil); Wallace, Pará e Eduardo da Silva (Flamengo)
GOLS
BRASIL: Nena, aos 46 minutos do segundo tempo
FLAMENGO: Alecsandro, aos 29 minutos do primeiro tempo, e Pará, aos 29 minutos do segundo tempo
BRASIL: Eduardo Martini; Wender (Galiardo), Ricardo Bierhals, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Márcio Hahn (Diogo Oliveira), Leandro Leite, Washington e Felipe Garcia; Alex Amado (Cleiton) e Nena
Técnico: Rogério Zimmermann
FLAMENGO: Paulo Victor; Léo Moura, Wallace, Samir e Pará; Cáceres (Jonas), Márcio Araújo e Canteros; Marcelo Cirino; Eduardo da Silva (Arthur Maia) e Alecsandro (Luiz Antônio)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Jonathan
Silva
Assessoria de Imprensa GE Brasil
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