Brasil empatou sem gols com o Vila NOva em Goiânia, mas acabou derrotado nos pênaltis. Foto: Carlos Insaurriaga/GEB |
Antes de entrar no
próximo ano, vamos contar o desafio Xavante no cerrado. Depois
do feito histórico diante de um Castelão lotado e parar Pelotas
para festejar a chegada do rubro-negro à segunda divisão
nacional, o Brasil empatou em 0 a 0 com o Vila Nova no Bento
Freitas. Como o resultado se repetiu no estádio Serra Dourada, a
decisão foi para os pênaltis. Melhor para os goianos, que
venceram por 4 a 3 e irão disputar a final da competição com o
Londrina.
Para os Xavantes
fica o gosto de vitória. Sim, vitória. O Brasil começou o ano
cheio de missões. Preparou o Bento Freitas para receber - depois
de 30 anos - o Flamengo. Foi uma linda festa. Um incidente na
arquibancada fez o clube amargar o primeiro grande desafio do
ano: jogar longe da sua casa. E não foi fácil. Mas os guerreiros
encararam com muito brio. Na Copa do Brasil, a equipe foi ao
Maracanã levar as cores vermelha e preta e seguiram brilhando no
Gauchão. Fez bonito, chegou à semifinal e repetiu aquilo que
poucos acreditavam: foi bi-campeão do Interior.
O segundo semestre
trouxe um sonho antigo ao Bento Freitas. Mas o time do técnico
Rogério Zimmermann seguia sem poder jogar no seu estádio, o
Caldeirão tão temido pelos adversários. Foram quatro rodadas
fora de casa. E o retorno foi triunfal. Em um duelo contra o
Londrina, o Brasil perdia por 1 a 0 até os 42 minutos do segundo
tempo, quando virou para 3 a 1 e mostrou que o Caldeirão voltou
com tudo. Seguiu brilhando na Série C, manteve-se por 11 rodadas
invictos, jamais deixou o G-4 da competição e atingiu um dos
mais procurados objetivos da competição: garantir a permanência
na Série C.
Mas o time do
técnico Rogério Zimmermann é teimoso. Quando a crítica
desacreditava no Brasil, os guerreiros jamais desistiram de
lutar. A torcida, fanática, nunca abandonou o clube e quando
poucos acreditavam na classificação às quartas de final, o
Brasil foi e mostrou o porquê tem em seu hino a frase as tuas cores, são nosso
sangue, a nossa raça. Viajou, encarou um forte time e
voltou da terra do pão do queijo classificado. A vitória por 2 a
0 diante do Tupi, na última rodada duplicou o ânimo Xavante. O
Brasil estava há 180 minutos da segunda divisão nacional.
E aquilo que
parecia impossível, mais uma vez se tornou realidade. O elenco,
que há três anos está unido, parece ganhar uma nova alcunha:
transformar sonhos em realidade. Depois de muita luta, o Brasil
conseguiu, antes do primeiro jogo contra o temido Fortaleza,
liberar as arquibancadas móveis no estádio. Eram mais vozes
gritando no Caldeirão. E no final do primeiro tempo, Cléverson
colocou a bola no fundo das redes. A torcida, enlouquecida,
comemorava. Ainda não faziam idéia de que aquele barbante que
balançava era o símbolo de um Brasil na Série B.
O segundo jogo foi
diante de 60 mil pessoas, no calor de Fortaleza. O time da casa
preparou tudo para subir. A torcida aprontou tudo e mais um
pouco. O time cearense agrediu durante os 90 minutos, mas viu um
Paredão. Eduardo Martini foi sensacional e, junto dos seus
companheiros, bloquearam a meta rubro-negra. O empate sem gols
fez Pelotas ter um carnaval fora de época. O país viu uma festa
histórica. O retorno dos heróis começou a ser festejado já na
capital gaúcha. Em Pelotas, mais de 7 horas de desfile em carro
aberto. Tamanha devoção e agradecimento eram justos: o Brasil
está entre os quarenta melhores times do país.
Jonathan
Silva
Assessoria de Imprensa GE Brasil
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