Os regulamentos dos campeonatos estaduais em geral são ums "primores" de criatividade da cartolagem nacional. Já teve time jogando duas ou três vezes no mesmo dia (casos de Juventude e Grêmio em 94), perder para se classificar (como o Grêmio na década de 70), time ganha os dois turnos e não é campeão (como o Figueirense neste Catarinão), e assim por diante.
Mas neste ano um fato insólito uniu Canoas e Bangu, nos estaduais gaúcho e carioca, respectivamente. Depois do turno fazerem campanhas pífias (Canoas 1 ponto e Bangu zero ponto), veio a recuperação no returno, a fuga do descenso e a classifcação para a fase seguinte. Trocas de técnicos, contratação de jogadores e regulamentos "bem bolados" levam a estas situações pouco comuns. Entenda os casos.
CANOAS
Começou treinado por Marcelo Estigarríbia, perdeu as duas primeiras por 3 a 1 para Veranópolis e Grêmio. Na terceira rodada assumiu Rogério Zimmermann, mas o time somou apenas um ponto nos demais seis jogos. O time que estreou no campeonato teve Guilherme; Fabinho, Mathias, Carvalho, Brock; Ricardo, Davi, Jé, Miro Bahia; Diogo, Hyantony.
No segundo turno, com tempo para treinar enquanto era definido o turno, a equipe foi se ajeitando, e com uma campanha apenas inferior à dupla Gre-Nal, passou de fase e nela despachou o Pelotas, indo para as semi-finais do returno contra o Grêmio. Na classificação geral, foi o antepenúltimo com 13 pontos, à frente dos rebaixados Avenida e Ypiranga. O time que terminou o returno: Vaná; Rondinelle, Renato Martins, Ricardo, Carvalho, Tiago, Moisés, Márcio Jonatan, Maxwall, Jé, Miro Bahia.
Números
1º turno: 1 x 3 Veranópolis, 1 x 3 Grêmio, 1 x 2 Cerâmica, 3 x 3 Avenida, 0 x 1 Pelotas, 1 x 2 Novo Hamburgo, 0 x 4 Cruzeiro, 1 x 3 Caxias - 8 jogos, 1 empate, 7 derrotas, 8 gols marcados e 21 sofridos (pior campanha do campeonato).
2° turno: 2 x 2 Juventude, 2 x 1 São Luiz, 2 x 2 Lajeadense, 1 x 0 Santa Cruz, 0 x 0 Ypiranga, 0 x 1 Inter, 2 x 0 São José - 12 pontos, 3 vitórias, 3 empates, uma derrota, 9 gols marcados e 6 sofridos.
Nas quartas-de-final: 3 x 1 Pelotas (pega o Grêmio nas semi-finais do returno).
BANGU
O tradicional clube de Moça Bonita, zona oeste do Rio de Janeiro começou o campeonato (Taça Guanabara) sob o comando de Marcão, ex-volante do Fluminense na décadas de 90 e 2000. Na estreia, derrota em casa para o Volta Redonda por 2 a 1, de virada, jogando com Wagner Braz; China (Vinícius), Abílio, Carlos Renan, Gedeílson; Raphael, Fabinho (Bruno Carvalho), Mayaro, Tiano; Guzzon e Leandrinho (Enílton).
Na sequência, mais seis jogos e seis derrotas. Na terceira rodada, saiu Marcão e entrou Carlos César, treinados com passagem na base da seleção. Estreou levando 3 a 1 do Vasco.
No returno (Taça Rio), estreia com 0 x 0 com o Olaria e Ceimar Rocha assumiria o comando. Depois de quatro vitórias e outros dois empates, o Bangu foi o primeiro da chave B com 12 pontos, deixando para trás Vasco e Fluminense, e enfrenta o Botafogo.
O time que venceu o Resende por 3 a 0 neste domingo: William, China, Raphael Azevedo, Santiago e Renan Oliveira; André Barreto, Oliveira, Thiago Galhardo e Almir; Fabinho e Sérgio Júnior. Sérgio Junior e Thiago Galhardo são os artilheiros com 4 gols cada.
Na classificação gerl o Bangu foi o 13º com 15 pontos, à frente de Olaria (que escapou) e os rebaixados Bonsucesso e Americano.
1° turno: 1 x 2 Volta Redonda, 1 x 2 Friburguense, 1 x 3 Vasco, 1 x 2 Americano, 1 x 2 Duque de Caxias, 2 x 4 Boavista, 0 x 3 Fluminense - 7 jogos, 7 derrotas, 6 gols marcados e 18 sofridos.
2° turno: 0 x 0 Olaria, 1 x 1 Bonsuicesso, 1 x 1 Botafogo, 1 x 0 Madureira, 2 x 1 Nova Iguaçu, 1 x 2 Flamengo, 1 x 0 Macaé, 3 x 0 Resende - 8 jogos, 4 vitórias, 3 empates e uma derrota, 10 gols marcados e 5 sofridos.
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