sábado, 16 de março de 2013

Desistência de Canoas e Caxias no Estadual de Juniores atestam a crise do futebol gaúcho

Nesta sexta, fomos surpreendidos pela desistência do Caxias do Estadual de Juniores, quando enfrentaria na estreia o Cerâmica. Justo o Caxias, que tem tradição nas divisões de base e disputou a Copa São Paulo deste ano e já foi campeão gaúcho na categoria. A explicação apontou para a falta de recursos e a penhora de dois ônibus do clube para pagamento de dívidas trabalhistas.

No sábado, em notícia em primeira mão de Ernani Campelo na Rádio Metrópole, o Canoas dispensou todo o grupo sub-20 e comissão técnica, desistindo também do Estadual, alegando dificuldades financeiras. Este seria a primeira participação do Canoas em competições de base.

Estes fatos atestam a profunda crise que vive nosso futebol. Tirando a dupla Gre-Nal que vive de patrocínios, sócios e cotas de TV, os demais clubes gaúchos vivem com o pires na mão. Em 2012, a vaga na Série D do Brasileiro passou de mão em mão parecendo batata quente, até que o Cerâmica se prontificou a jogar.

Em anos passados, clubes como 15 de Novembro, Guarani de Venâncio, Grêmio Santanense e São José de Cachoeira jogaram a primeira divisão e quando caíram, fecharam e nunca mais voltaram ao profissionalismo, à exceção do Guarani. Outros estão tentando o retorno, caso do Riograndense de Rio Grande, mas falta apoio da comunidade e patrocínio.

E vemos o estado vizinho, Santa Catarina  ter além do Criciúma na primeira divisão, quatro clubes na Série B (Avaí, Figueirense, Chapecoense e Joinville), obtendo acessos e o Rio Grande do Sul mantém, a duras penas, o Caxias na Série C e os que disputam a Série D quase não passam da primeira fase. E o que dizer do Juventude, que em cinco anos despencou da Série A para a D do Brasileiro.

O futuro ninguém prevê, mas as perspectivas para o futebol gaúcho não são boas.

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