Não foi o resultado que os milhares de torcedores rubro-negros, que lotaram o estádio Bento Freitas na tarde deste domingo, esperavam. O Brasil foi melhor, dominou a partida durante os 90 minutos, lutou até o fim, mas não conseguiu sair do 0 a 0 no confronto com a Chapecoense, válido pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série C. Pela segunda vez na competição o Xavante passou em branco jogando em casa, a primeira foi há três semanas, contra o Juventude, que depois acabou sendo derrotado em Caxias do Sul.
Com o novo empate, o Brasil chegou a oito pontos na tabela de classificação e ultrapassou o Criciúma, que folgou neste fim de semana. A Chapecoense segue na liderança do grupo, com dez, enquanto o Caxias, que empatou com o Juventude, no estádio Centenário, se mantém ao lado do time da Baixada, na segunda colocação da Chave D.
Na próxima rodada quem folga é o Brasil, que só volta a jogar no dia 12 de setembro, contra o Criciúma. A partida está marcada para 16h, novamente em território vermelho e preto.
O JOGO
Embalado pelo retorno da charanga Garra Xavante, que neste jogo voltou a dar o tom nas arquibancadas da Baixada, o Brasil tomou conta da partida e foi pra cima da Chapecoense desde o apito inicial. Os comandados de Gilmar Iser chegavam quase sempre pelas laterais, com Raulen pela direita, Dudu pela esquerda e Michel, que caía pelos dois lados do campo.
Porém, mesmo controlando todas as ações ofensivas e não dando chances de ataque aos catarinenses, o time da casa não conseguia criar oportunidades claras de gol. Principalmente em função de alguns passes errados e da forte marcação alvi-verde.
O mais perto que o rubro-negro esteve de marcar no primeiro tempo foi com um chute de Márcio Hahn, que arriscou da entrada da área e por questão de centímetros não acertou o ângulo. Além deste lance, outro chute de Ramos, da intermediária, e uma cabeçada de Vanderlei levantaram suspiros da torcida Xavante.
Depois do intervalo o Brasil voltou mais ligado e com menos de dez minutos quase abriu o placar. Dudu foi lançado cara a cara com o goleiro Nivaldo, mas se desequilibrou na hora do arremate e errou o alvo.
Como o empate não servia para os rubro-negros, o técnico Gilmar Iser começou a acionar o banco de reservas e colocar a equipe mais para frente. Com as substituições, Moscatelli entrou no lugar de Raulen, e Ricardinho deu a vaga para Flaviano, que entrou voando no jogo.
Na primeira participação do atacante, ele recebeu de Moscatelli no meio-círculo da grande área, bateu de virada e quase fez um golaço. No lance seguinte, já na marca dos 35, Flaviano driblou dois marcadores e colocou no canto direito do arqueiro alvi-verde, que fez uma grande defesa para evitar que a bola entrasse.
Nos minutos finais o Brasil ainda imprimiu uma pressão muito forte, ocupando todo o campo da Chapecoense. Mesmo assim o gol não saiu. Só chegou perto de acontecer nos acréscimos. Após levantamento na área, Vanderlei se antecipou à defesa e encobriu o goleiro, torneando a bola e cabeça. Mas, quando todo o estádio já se preparava para soltar o grito, um zagueiro catarinense esticou a perna e salvou em cima da linha, mantendo o 0 a 0 no marcador.
– Um resultado que nós não gostaríamos que tivesse acontecido. É lógico que dentro de casa nós sempre pensamos em vencer, eram os dois jogos (Brasil X Chapecoense e Brasil X Criciúma) fundamentais pra gente ganhar e, quem sabe, não depender do último jogo, contra o Caxias. Mas, de qualquer forma, o empate nos deixa dentro da competição ainda e na briga pela classificação – ponderou o treinador do Brasil, Gilmar Iser.
- Faltou um pouquinho de criatividade nossa, principalmente no setor ofensivo, que precisava furar uma equipe que veio totalmente para se defender. Enfim, nós não tivemos a paciência e a capacidade necessária para chegar ao gol, mas vamos continuar trabalhando, para que isso não aconteça novamente na partida contra o Criciúma – completou o técnico.
Ficha técnica: Brasil 0 x 0 Chapecoense
Local: Bento Freitas, em Pelotas (RS).Arbitragem: Wagner dos Santos Rosa (RJ), auxiliado Wagner de Almeida Santos (RJ) e Luiz Felipe Costa (RJ). Cartões amarelos: Kleber Goiano, Badé, Silvinho, Nivaldo (Chapecoense); Dudu, Michel, Batata, Márcio Hahn (Brasil).
Brasil: Luiz Muller; Amarildo, Ramos e Lino; Raulen (Moscatelli), Márcio Hahn, Cléber Gaúcho (Batata), Ricardinho (Flaviano) e Dudu; Michel e Vanderlei.
Técnico: Gilmar Iser.
Chapecoense: Nivaldo; Eduardo Erê, Rodrigo, Kleber Goiano e Badé; Bronzatti, Emerson Cris, Silvinho (Fábio Nunes) e Felipe Pinto (Diogo); Waldison e Rogério (Sandro Sotilli).
Técnico: Guilherme Macuglia
Leonardo Crizel - Assessoria de Imprensa GE Brasil
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