segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Maratona da liderança

Após enfrentar quatro jogos decisivos em apenas sete dias, o Brasil empata o clássico Bra-Pel, é líder isolado  do returno e mantém invencibilidade na casa do advesário

Bra-Pel na Boca do Lobo ficou no 1 a 1. Foto: Carlos Insaurriaga/GEB

E o Bra-Pel deste domingo (6) terminou empatado. Em uma bela partida de futebol, Brasil e Pelotas não conseguiram o resultado positivo. O Brasil abriu o marcador aos 7 minutos do primeiro tempo, já o Pelotas empatou a partida aos 39 da segunda etapa, em cobrança de pênalti. A partida era válida pelo returno da Copa Sul Fronteira. Com o resultado, o Brasil chegou ao quarto ponto neste segundo turno e lidera isoladamente a competição. Agora, com a disputa do quarto clássico de 2013, as equipes ainda mantêm o equilíbrio: são 2 empates e uma vitória para cada lado. O Brasil, ao empatar neste domingo, manteve a invencibilidade que já dura 15 anos sem perder Bra-Pel na Boca do Lobo.

Dois clubes que muito se conhecem. Se já não bastasse a rivalidade, em 2013 foram três partida, antes do jogo deste domingo, uma vitória para cada lado e um empate. Ainda assim, além de todos os fatores que envolvem um clássico Bra-Pel, a maratona de jogos que ambas as equipes enfrentaram ao longo da semana, deu um tempero a mais na partida. O Brasil vinha de uma decisão na última sexta-feira, ou seja, menos de 48 horas antes do clássico.

Os torcedores que foram até a Boca do Lobo viram um primeiro tempo de bastante disputa. Mas os quarenta e cinco minutos iniciais foram de alegrias para os Xavantes. Logo aos 7 minutos, Gustavo Papa desviou de cabeça para o gol e balançou as redes do Pelotas. Cleiton e Alex Amado ainda tiveram oportunidade de ampliar o marcador na primeira etapa.

A segunda etapa teve menos oportunidades que do os 45 minutos iniciais. Os atletas Xavantes, desgastados pela sequência de decisões, davam provas de por que vestem a camisa do clube, que traz no seu hino as palavras sangue e raça. Bravamente eles mantiveram o ritmo de jogo. Aos 39, um lance polêmico. Rafael Forster é empurrado na área e o árbitro da partida, Francisco Silva Neto marcou toque de mão do lateral. Na cobrança, Jefferson empatou o jogo.

Com o resultado, o Brasil chega uma marca impressionante: nos últimos 21 jogos, o Brasil sofreu apenas uma derrota. São marcas que enaltecem o trabalho feito pelos comandados técnico Rogério Zimmermann. A próxima partida do Brasil está sem data definida. O clássico Bra-Far, válido pelo returno da Copa Sul Fronteira, inicialmente marcado para a próxima quarta, ainda não está confirmado, em virtude da solicitação do rubro-negro em modificar a data da partida.

O JOGO

Um começo arrasador. Após uma disputa intensa no meio campo, sem nenhum clube conseguir chegar ao gol adversário, aos 7 minutos a lógica foi rompida. Rafael Forster cobrou falta no meio do campo. Gustavo Papa, no meio da área, pulou mais alto que todos e desviou de cabeça. A bola encobriu o goleiro Paulo Sérgio e foi parar no fundo das redes da Boca do Lobo. Era o delírio da Maior e Mais Fiel que se fazia presente nas arquibancadas do estádio.

Aos 12 minutos, a torcida Xavante foi sacudida novamente, só que desta vez a bola não entrou. Wender cobrou escanteio pela esquerda, a zaga do Pelotas furou e a bola passou por todos na pequena área, levando perigo ao gol áureo-cerúleo. Aos 18, com Digão, em chute de fora da área, o Pelotas chegou com perigo ao gol do Brasil.

Aos 30, em nova cobrança de falta da intermediária, Rafael Forster colocou nos pés de Cleiton, que contou com um erro da defesa do Pelotas. O camisa 7, de fora da área, mandou uma bomba para o gol. A bola passou raspando a trave esquerda de Paulo Sérgio. Quase o segundo gol rubro-negro.

Aos 35, a chance mais clara da primeira etapa. Leandro Leite lançou do campo de defesa, Alex Amado venceu a zaga adversária e, em velocidade e da entrada da área, chutou firme para o gol, obrigando o goleiro Paulo Sérgio a fazer a defesa e mandar a bola para escanteio. Aos 38, Jefferson cruzou pela direita e Digão, na segunda trave, chutou para o gol, onde estava Luiz Muller para fazer a defesa. O último lance de perigo do primeiro tempo foi com Rafael Forster. Aos 46, ele cobrou falta pela direita e Paulo Sérgio fez a defesa.

Se aos 7 minutos da primeira etapa, Gustavo Papa colocou a bola nas redes de Paulo Sérgio, aos 7 do segundo, também. Só que desta vez, o gol Xavante foi anulado. Após boa jogada de  Alex Amado, que bateu para o gol e a bola desviou na zaga, Papa sozinho chutou para o gol, mas o auxiliar já erguia a bandeira.

Aos 9 minutos, Luiz Muller cobrou falta na sua área, Gustavo Papa desviou de cabeça e Alex Amado, em velocidade, entrou na área, driblou o zagueiro do Pelotas e cruzou rasteiro para Cleiton. Antes de chegar ao camisa 7 Xavante, Jovani conseguiu desviar para escanteio. Boa jogada de ataque do Brasil.

Aos 39 minutos, um lance polêmico na Boca do Lobo. Após bola cruzada para a área, Rafael Forster foi nitidamente empurrado por Felipe Garcia. Entretanto, o árbitro da partida, Francisco Silva Neto, ao invés de marcar a falta para o rubro-negro, assinalou toque de mão do lateral Xavante e o pênalti para o Pelotas. Com o lance, como já tinha recebido cartão amarelo, Forster foi punido novamente e acabou expulso do jogo. Na cobrança, Jefferson empatou o jogo.

Depois do empate, muita disputa. Os atletas Xavantes, desgastados pela sequência de jogo e decisões, lutaram até o minuto final da partida. Resultado igual na Boca do Lobo e manutenção da invencibilidade do Brasil no estádio adversário, que já dura mais de 15 anos. Agora o Brasil coloca as suas atenções no clássico Bra-Far, ainda sem data definida. Inicialmente marcado para a próxima quarta-feira, mas conforme solicitação do rubro-negro, a partida deverá ser alterada.

Jonathan Silva
Assessoria de Imprensa GE Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário