Na cobrança de pênalti, Rafael Forster cobrou com muita força, colocando a bola no alto sem chances para o goleiro Alisson. Foto: Italo Santos |
A partida tinha ares de grande decisão. Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil está na semifinal do Campeonato Gaúcho. Se em 2014, a vaga na final foi tirada do clube em um erro de arbitragem, em 2015 a busca de uma vaga na decisão é prova de muita raça e garra dos guerreiros Xavantes. Assim, com um estádio lotado e a Maior e Mais Fiel enlouquecida cantando nas arquibancadas, que o Brasil começou pressionando. Nena, aos cinco segundos de jogo, arriscou de fora da área e viu a bola ir para fora. Quando o relógio chegava ao terceiro minuto, Alex Amado foi lançado, invadiu a área e bateu cruzado. A bola bateu na rede pelo lado de fora. Quase o primeiro gol rubro-negro.
Em contra-ataque, aos seis minutos, Felipe Garcia tocou para Alex Amado. O baixinho carregou a bola e devolveu para Garcia, que não conseguiu o domínio. Aos 13, Diogo Oliveira recebeu passe de Rafael Forster e chutou de fora da área. A bola passou ao lado direito de Alisson. Aos 23, uma jogada entre Nena e Alex Amado quase resultou em gol do Brasil. Aos 30, porém, um lance que deixou os ânimos exaltados. Alex Amado recebeu passe e correu para a área. Ernando, com os dois braços, empurrou o atacante Xavante, mas Anderson Daronco, árbitro da partida, nada marcou.
Wender, aos 33, tocou para Felipe Garcia, que cruzou e viu Nena, na primeira trave, e Alex Amado, na segunda trave, tentarem empurrar a bola para as redes. Alex, aos 35, arriscou de fora da área e Eduardo Martini fez boa defesa. Aos 45, Diogo Oliveira cobrou falta, a bola passou por todos e Alisson ficou com ela. Já aos 48, porém, um gol que poderia colocar um balde de água fria no jogo. Poderia. Depois que Valdivia cobrou falta e Rafael Moura abriu o placar para o Inter, Daronco apitou o final do primeiro tempo e começava a saga de um time guerreiro e bravo.
O segundo tempo marcou um jogo de ataque contra defesa. Buscando o empate, o Brasil pressionou durante toda a etapa final. Com apenas 35 segundos, Gustavo Papa disputou bola no alto e Diogo Oliveira, na sobra, obrigou Alisson a fazer um verdadeiro milagre. Aos 2, Diogo Oliveira arriscou de fora da área e a zaga colorada mandou para escanteio. Na cobrança, Papa desviou de cabeça e Alisson, em dois momentos, salvou o gol de empate sobre a linha, levando a Maior e Mais Fiel ao delírio. Mas a indignação logo tomou conta, já que na sequência do lance, Cirilo foi agarrado dentro da área e Anderson Daronco não marcou o pênalti.
Alex Amado, em uma meia bicicleta, levou perigo aos seis minutos. Amado, novamente o baixinho artilheiro, aos 14, chutou rasteiro e Alisson defendeu. O Brasil seguia pressionando e a zaga colorada se livrando como podia. Porém, aos 34, um lance que levou todos no Aldo Dapuzzo a loucura. Alex Amado chutou de fora da área e Alan Costa, com as duas mãos, desviou a bola e mandou ela para escanteio. Pênalti claro que Daronco ignorou.
Mas na cobrança do escanteio, Anderson Daronco não poderia mais evitar de apontar para a marca da cal. Diogo Oliveira dominou dentro da área e ia concluindo, Gefferson derrubou o Maestro rubro-negro. Pênalti para o Brasil. Enquanto Rafael Forster ajeitava a bola para a cobrança, a Maior e Mais Fiel ficava apreensiva nas arquibancadas. Mas quando o lateral soltou a bomba com a perna esquerda e ela beijou a rede de Alisson, a alegria tomou conta da louca e apaixonada torcida. Tudo igual no placar, e resultado que dá o Título do Interior ao Brasil.
No minuto seguinte ao gol, Diogo Oliveira deu um lindo passe para Alex Amado e o baixinho chutou cruzado para fora. Diogo, em cobrança de falta aos 39, caprichosamente ia colocar a bola no ângulo de Alisson, mas a barreira pulou alto e evitou o gol da virada. Barreira essa que salvou o Inter também no último lance do jogo. Já aos 49, Rafael Forster cobrou falta com força e a bola parou nas pernas dos atletas colorados.
Sem tempo para mais nada, Anderson Daronco apitou o final da partida e fez o Brasil colocar - mais uma vez - seu nome na história do futebol gaúcho: é, no mínimo, bicampeão do Interior. O rubro-negro só não fica com o título caso elimine o Inter e chegue à final do Gauchão.
GE Brasil - divulgação
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