“Pouco antes das 15 horas, o referee trilou o
apito, dando início à contenda, cabendo dar a saída aos mexicanos, que
avançaram, para Casarin atirar ao lado da meta eslovena. Recarga iugoslava, sem
resultados práticos”. (FT)
“Poucos
fouls – dois ou três – foram apitados e esses mesmos provenientes mais de
encontros casuais do que propriamente do desejo de atingir o corpo do
adversário”. (CP)
(...)
Um craque, desde logo, destacou-se dos demais: o médio direito europeu
Cajkowski, elemento de grande valia para o team estando sempre onde estava o
perigo, fosse auxiliando a defesa, fosse empurrando para a frente a linha
atacante do seu quadro”.(CP)
“Foi dos mais justos e expressivos o
triunfo que o esquadrão representativo da longínqua Iugoeslávia adjucou-se, na
tarde de ontem, no estádio dos Eucaliptus, ao enfrentar o conjunto da República
Mexicana”.
Não fora o injustificável e antiesportivo
senão, verificado ao apagar das luzes da partida, quando o arqueiro
montenegrino desferiu violento soco no estômago de Velasquez, poder-se-ia
afirmar que Pôrto Alegre assistira a uma das mais brilhantes tardes futebolísticas
da sua história”. (CP)
O
que se verifica que desde o único a Iugoslávia foi superior, o que foi expresso
na marcação de dois gols.
“O tento que abriu a contagem no macht
de ontem foi assinalado aos 19 minutos, da seguinte maneira: Djajic estende
adiantado ao ponteiro Mihalovic, que avança alguns passos e centra atrazado.
Bobek domina a pelota e desfere um shoot de meia altura, vencendo, à esquerda,
o keeper Carvallal: Iugoslávia 1, México 0”. (FT).
Note
a riqueza dos detalhes do lance que resultou no primeiro gol dos europeus. E
também nota-se o grande número de palavras ainda não aportuguesadas referente
ao futebol: team, match, shoot, keeper, etc.
Segue: “Poucos minutos depois, ou sejam
aos 23, os iugoslavos assinalam o segundo tento, desta feita assim consignado:
Mitic serviu muito bem a Tomasevitch, que com calma, e bem a gente do goal,
estendeu muito bem a Cjakowsky II, que se encontrava completamente desmarcado.
O ponteiro atirou com precisão, assinalando o segundo tento para suas cores
(...)“. (FT)
Um costume da época era indicar como I
(primeiro) ou II (segundo) atletas homônimos e que atuavam na mesma equipe.
Atualmente, usa-se nomes compostos para identificar os jogadores.
“Persistem os mexicanos completamente
dominados, principalmente o quinteto atacante, que em nenhum momento põe em
perigo o reduto final esloveno. Enquanto isso, os balcânicos dão insano
trabalho a defensiva azteca”. (FT).
Observemos
os relatos referentes ao segundo tempo.
“Após o descanso regulamentar, voltaram
ao campo as duas equipes, para Mister Leafe dar reinício à contenda, com a
saída agora, dos iugoslavos. (...) Estavam os aztecas no ataque quando
Ivanovich aliviou a pressão, num forte rechaço, enviando a pelota ao ponteiro
direito Mihalovic (...) Perto da linha de fundo centrou alto frente ao goal
contrário. Djajic cabeceou para traz, na direção de Cjakowsky II, que, por sua
vez, atirou forte e à queima-roupa, vencendo o keeper Carvallal: Iugoslávia 3,
México 0. Diante da superioridade técnica no placard dos europeus, o público,
que já não vinha se mostrando muito interessado pela contenda, passa a
abandonar o campo” (FT)
“Aos 35 minutos, Mihalovic escapou pela
direita, indo até a frente à linha de fundo, de onde atrasou para Tomasevic,
dando ocasião a que o mesmo desferisse violento pelotaço (...) era o 4º. E
último goal dos iugoeslavos (...)” (CP).
Mas
a partida seria marcada não pela técnica superior dos iugoslavos, mas por uma
agressão do goleiro Mrkusic em Velasques, o que provocou protestos da platéia.
“Faltavam apenas três minutos para ser
encerrado o cotejo, quando numa avançada da linha mexicana, Velasquez se choca
com o keeper Mrkusic. Este, depois de atirar a bola para a frente, desferiu
violento soco no estômago do winger azteca, que caiu ao solo. O árbitro nada
viu, porém essa agressão foi observada por um dos 'bandeirinhas', que
imediatamente lhe comunicou. O referee ordenou a cobrança de penalty, como
tanto chamou a atenção do arqueiro balcânico. Este gesto provocou repulsa dos
assistentes, que atirou laranjas no agressor. (...) Coube ao médio Ortiz cobrar
a penalidade máxima, fazendo muito bem, pois, com um shoot rasteiro e bem
calculado, venceu a perícia do keeper esloveno (...)”. (FT)
A
Iugoslávia venceu com Mrkusic; Horwat e Stankovic; Cajkowsky, Iavanovich e
Mitich; Mihalovic, Djajic, Tomasevic, Bobek e Cajkowsky II. O México teve
Carvallal; Gutierrez, Gomez e Rocca; Ortiz e Caburú; Septien, Naranjo, Casarin,
Pérez e Velasquez. Reginald Leafe foi o juiz. A partida rendeu 320.690
cruzeiros. O público foi estimado em 11 mil espectadores.
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